sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O fim do Ed.São Vito.

imagem: o globo.com.br



Após anos de discussão sobre o uso final do edifício São Vito, parece que a história está chegando ao fim. É esperar pra ver. Mas no final das contas era melhor implodir mesmo...agora o problema é o edifício vizinho o Ed. Mercúrio que também vai junto na implosão. O problema é que ao contrário do vizinho o prédio é ocupado ! Muitos defendem a requalificação da construção principalmente para habitação social, nesse caso acho um erro tremendo porque um edificío desse porte (imagina controlar um condomínio com monte de moradores de baixa renda) em pouco tempo degradaria novamente voltando a estaca zero. Uma possível solução seria transformar um edifício de classe média, mas quem iria morar lá se o entorno ainda não é muito agradável (exceto o mercado municipal).

Se bem que uma implosão poderia causar transtorno devido ao grande volume de entulho, talvez a solução seria a demolição gradual de andar por andar.

O secretário das sub-prefeituras, Andrea Matarazzo, já admitiu que a solução viável é mesmo a demolição. Para ele, mesmo sendo revitalizado agora, o prédio teria de passar por outras reformas mais para a frente, o que demandaria novos recursos. Já a demolição, além de dar um ar mais agradável à região, custa bem menos e é definitiva.

Já há propostas para uso do terreno que será deixado pelo prédio conhecido na cidade como 'treme-treme': em seu lugar pode surgir um moderno estacionamento vertical para atender a demanda por vagas e o Mercado Municipal, que virou ponto de encontro e turismo em São Paulo.

Se o preço da hora de estacionamento a ser cobrada for, por exemplo, de R$ 8,00. Pelo valor máximo de indenização, cada apartamento terá custado o mesmo preço da hora estacionada de 5.475 automóveis.

Fonte: Globo online


Um breve histórico do Edifício:

Construído em 1959 pela Zarzur & Kogan numa incorporação com as Indústrias Matarazzo, o São Vito nasceu sob a influência da arquitetura moderna dos anos 50. Como em geral todas as construções da área central, este edifício não recebeu reformas durante muito tempo e sofreu assim, lentamente, um processo de deterioração ao longo dos anos, ficando ocupado totalmente, por famílias de baixa renda.


Em localização vizinha ao Parque Dom Pedro e ao Mercado Municipal, destacava-se na paisagem por seus 28 pavimentos, com subsolo, térreo, sobreloja e 25 pisos residenciais, além da cobertura.

Estes andares residenciais foram construídos cada um com 24 apartamentos, perfazem um total de 600 unidades. Estas, em sua grande maioria eram do tipo “kitchinete”, eram constituídas de sala/cozinha, 1 dormitório e 1 banheiro, com área variando entre 28 e 30 m². A circulação vertical era feita por uma escada e 3 elevadores com paradas intermediárias entre os pisos, de modo a ter um menor número de paradas.

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